4º Multipropriedade Summit debateu desafios da incorporação
Os principais desafios que o incorporador terá para entrar nesse segmento de negócio foi a tônica desse debate
Direto de Balneário Camboriú (SC) – Esse painel terminou agora há pouco e foi o segundo da grade de programação da 4ª edição do Multipropriedade Summit que teve início hoje. O evento que é promovido pela revista e portal Turismo Compartilhado, acontece no centro de eventos Ocean Place em Balneário Camboriú (SC) e prossegue até amanhã com visitas técnicas. Esse painel que teve a moderação de João Paulo Manzano, Sócio-diretor da New Time Consultoria, teve a participação de: Roberto Know, CEO da Amazon Parques & Resorts, Wesley Reis, Sócio Diretor da Mundo Planalto (Hard Rock Hotel Gramado) e Rafael Schlesting, Sócio-diretor da Surfland Brasil).
Os principais desafios que o incorporador terá para entrar nesse segmento de negócio foi a pergunta que João Paulo fez para iniciar o debate. Wesley Reis disse que o primeiro desafio é viabilizar o projeto, encontrar um local estratégico, com vocação turística e não mudanças no plano diretor da cidade e vencer essas etapas, não tem estruturação de funding para alavancar às necessidade de caixa, aprovação do projeto.
Roberto Know disse que a falta de recursos financeiros disponíveis no mercado é o grande desafio. Como incorporador encontrar pessoas que lhe dá o respaldo também é fundamental. Rafael Schlesting disse que pelo fato de estar fora do eixo Rio-São Paulo, tem que ter uma boa credibilidade para sustentar uma operação. “No início já tínhamos uma estruturação financeira, mas não era grande, mas a venda foi mostrando que o projeto era viável. No momento estamos fazendo um CRI – Certificado Recebíveis Imobiliários para finalizar as obras do Surfland Brasil que foi um grande aprendizado para os próximos passos do nosso Grupo”.
Segredo do negócio
Wesley Reis destacou que a comercialização é o segredo do negócio que busca vender ainda mais caro o metro quadrado para viabilizar um projeto, mas é necessário ter um bom time treinado e motivado. Para Roberto manter o fluxo de caixa sempre saudável é um desafio de um projeto de multipropriedade. Rafael disse que necessitou criar uma comercialização personalizada para conseguir atingir os objetivos, mas mantendo o comissionamento de vendas para que ela não fosse mais um problema.
João Paulo quis saber dos participantes que se no momento inicial na aprovação de projeto e início de vendas, ter capital próprio faz a diferença? Wesley disse que a Mundo Planalto prioriza muito recursos próprios na fase inicial e citou o empreendimento Castelo do Vale que tem uma boa estruturação de funding e de caixa. “Trabalhamos com a cabeça de incorporador com um cenário mais conservador. Sempre iniciamos uma obra com um funding garantido, como acontece no Hard Rock Gramado. Isso é necessário para antever intempéries, pois não podemos correr o risco”, disse Wesley. Roberto disse que o empreendimento Amazon Parques & Resorts está se mantendo atualmente com recursos próprios, mas já pensa em lançar CRIs. Rafael disse que o CRI tem um prazo mais longo e o modelo mais adequado, pois os demais o prazo é menor e a garantia recebível é maior.
As vendas on line foram citadas pelos participantes como essencial na comercialização da multipropriedade, pois os distratos são bem menores e essa venda impacta num menor índice de inadimplência. Oferceer experiências e bebefícios também foram destacados como uma forma de o cliente ter brilho no olho e voltar a comprar. Agregar valor a venda, ela ser sustentável e valorizar a cumibidade local, também foram observados pelos participantes.
A reportagem da Revista Hotéis viaja a Balneário Camboriú (SC) para cobrir esse evento a convite da revista e portal Turismo Compartilhado e se hospeda no Brava Mundo Hotel Boutique .
