Áreas comuns do Almenat Hilton recebem projeto de reforma
O projeto é assinado pelo escritório BLOCO Arquitetos, dos sócios Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco
Para o projeto de interiores do Almenat Hilton Hotel, em Embu das Artes, o escritório BLOCO Arquitetos, dos sócios Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco, redesenhou a maior parte das áreas comuns do hotel a partir de intervenções pontuais, criando um espaço totalmente distinto do anterior.
A intervenção abrangeu os salões de estar, restaurantes, boliche e salas de jogos com o objetivo de adaptar os espaços às novas demandas do hotel, que também buscava uma atualização funcional.
O maior desafio encontrado pela equipe do escritório foi realizar a reforma com o hotel em funcionamento. Por isso, todo o projeto, desde o início, foi desenvolvido com foco na rápida execução, adequando-o às demandas do Hilton e do Almenat, tanto em termos funcionais quanto estéticos e orçamentários.
O projeto original de toda essa área foi construído em concreto aparente e possuía grandes áreas livres com forros de gesso pintados de branco. Os arquitetos optaram por manter as paredes perimetrais originais, utilizando diferentes combinações de cores para identificar cada um dos três andares das áreas comuns, criando um contraste entre os espaços que passaram por intervenção e as áreas restantes. Desta forma, a aplicação das cores também funciona como uma estratégia de orientação visual do programa em uma área tão extensa.
Em alguns trechos do teto, foram utilizados forros vazados em grelhas metálicas que se adaptam à geometria original do espaço. Esse mesmo “módulo” do forro foi utilizado no desenho das grelhas de aço das estantes dos bares e restaurantes. Para a definição do layout, o escritório BLOCO Arquitetos trabalhou em conjunto com os arquitetos do Hilton e com a equipe interna do Almenat.
Aproveitando o formato irregular dos andares, foi possível setorizar algumas das funções por meio do mobiliário. Essa irregularidade é refletida de forma orgânica nos tapetes desenhados pelo BLOCO, que ajudam a organizar visualmente o espaço.
Além disso, grande parte do mobiliário existente no hotel foi reaproveitado, a maior parte dele composta por peças construídas em madeira em tons naturais. Dentre as peças novas, foram utilizados sofás Bernardo, do Atelier Gustavo Bittencourt, com mesas de apoio em granilite da marca Mezas, sobre tapetes da Punto e Filo que foram desenhados pelos arquitetos especialmente para o projeto.
No bar, desenhado pelo BLOCO, foram incluídas banquetas Clip com tecido e estrutura na cor Nude, do Fernando Jaeger Atelier. No restaurante, as cadeiras Copa com e sem braços, de assentos em couro nas cores Camelo, Amazônia e Duna, também do Fernando Jaeger Atelier, foram instaladas.
A iluminação das áreas comuns, feita majoritariamente com luminárias do tipo multifocus, ajudou na criação de uma luz “cênica”, idealizada para ficar quase que imperceptível, embutida na grelha do forro metálico. Também foram utilizados pendentes Bossa da Lumini, sobre as mesas do bar e sobre as mesas de sinuca no lounge.
Apesar do hotel fazer parte da cadeia internacional Hilton, a equipe do BLOCO Arquitetos ressalta a total liberdade que tiveram para propor algo que se adaptasse à cultura brasileira e às demandas locais, incentivando uma proposta que buscou “quebrar” o padrão dos hotéis da rede, respeitando a arquitetura existente.
