Brasil como ambiente Macro Econômico para aceleração do Turismo foi debatido no 54º Conotel
Terminou agora há pouco a plenária com o tema “Brasil como ambiente Macro Econômico para aceleração do Turismo”, que deu início ao primeiro dia de palestras do 54º Conotel – Congresso Nacional de Hotéis, que acontece no Centro de Eventos da Fecomércio, em São Paulo. O painel contou como moderador o Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, e os debatedores: Valdir Simão, Secretário Geral do Ministério do Turismo; Mauricio Do Val, Ministério de Desenvolvimento e Comércio Exterior e Enrico Fermi Torquato, Presidente da ABIH Nacional – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. O evento que termina amanhã (28/07), conta com a Revista Hotéis como Media Partner.
Durante o painel Do Val mencionou as medidas do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior em parceria com o Ministério do Turismo para alavancar e desenvolver economicamente o trade turístico, através do programa Brasil Maior, para desoneração de impostos para hotelaria e pela Siscoserv, sistema criado em parceria com a Receita Federal para sistematizar a importação e exportação de serviços de turismo no País. “Com estas medidas queremos tornar o turismo no Brasil mais atraente economicamente tanto para turistas estrangeiros e brasileiros”, afirmou Durval.
Para Simão outra política turística de extrema importância para acelerar o crescimento deste setor no Brasil, além da desoneração de impostos para hotelaria, é desenvolver uma carteira estratégia de projetos para buscar eficiência e excelências em serviços, como treinar os profissionais do trade turístico e estruturar os equipamentos como hotéis, mobilidade urbana, agências de viagens e os receptivos de pontos turísticos de todo o Brasil. “Precisamos também entender o perfil deste turista estrangeiro, e o brasileiro que precisa ser melhor explorado, para estimularem a viagens internas. E, aproveitar o momento que a Marca Brasil está forte no mercado. Isto é representando pela contratação nos últimos de 2,7 milhões de trabalhadores formais nos últimos anos, e que tem potencial de crescimento de acordo com o Plano Nacional de Turismo em torno de 700 mil novos empregos nos próximos quatro anos”, complementou Simão. Em relação a tração de turistas estrangeiros o executivo ressalta que a Embratur fomentará ações para promover o Brasil nos países das Brics, Rússia e África do Sul.
Segundo Simão outro nicho de mercado que precisa ser explorado de forma mais intensa para impulsionar economicamente o turismo é focar o público da terceira idade, que quer viajar, mas não tem políticas e estratégias para atender estes aposentados em determinados destinados no Brasil. “Hoje temos 30 milhões de aposentados no país, segundo o INSS, e não uma organização e planejamento para atender este público em vários destinos brasileiros. Precisamos urgentemente criar estratégias para atender este público muito pouco explorado pelo turismo no Brasil”, pontuou Simão.
Já Torquato cobrou maiores políticas de linhas de crédito para a modernização e ampliação da hotelaria nacional, para o segmento participar de forma economicamente mais ativa no turismo do País. “O parque hoteleiro nacional é feito em sua grande maioria por hotéis independentes, e que é carente de uma linha de crédito especifica para eles. Isto impulsionaria estrondosamente o crescimento deste setor, que poderia estar investindo em capacitação de seus colaboradores através de cursos de idiomas, e na infraestrutura de novas atrações”, destacou Torquato. Outra preocupação do presidente da ABIH Nacional para o desenvolvimento do segmento hoteleiro é entidades como Sebrae oferecer mais respaldo aos hoteleiros em relação a estrutura de negócios, como qualificar os processos administrativos e financeiras de seus empreendimentos. Torquato também cobra do governo federal uma maior infraestrutura, como mobilidade em determinados destinos, para fomentar o investimentos de novos empreendimentos hoteleiros no País.
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