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Como a arte do Garde Manger impacta a gastronomia hoteleira

Três dos nossos sentidos são aguçados quando nos deparamos com uma bela mesa bem decorada, a visão o olfato e o paladar

Artigo de Fábio Henrique* – Quando falamos em decoração gastronômica deparamos com muitos conceitos e pontos de vista. Porém sempre gosto de frisar que tudo é uma questão de opinião. Três dos nossos sentidos são aguçados quando nos deparamos com uma bela mesa bem decorada, a visão o olfato e o paladar. Mas a visão é incapaz de enganar ou seja, se o prato é bem apresentado para os olhos, possivelmente será para o paladar. Uma bela ornamentação chama muito a atenção das pessoas pois remetem-nas a pensar na transformação ali apresentada. Na minha área especifica, decoração com esculturas em frutas e legumes, precisamos estar sempre atentos para que a arte incorpore no contexto do evento ou ocasião. Será que podemos chamar de arte?

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A arte de esculpir uma fruta ou legume pode transformar a vida das pessoas – Foto – Divulgação

Aptidão nata para um talento ou habilidade na demonstração de uma ideia ou pensamento, produção de obras, formas ou peças orientadas por um ideal estético ou com o objetivo de expressar subjetividade ou transmitir um conceito ou uma mensagem. Então, acredito e defendo que a pessoa que transforma um legume ou uma fruta em uma flor que seja, transmitiu uma ideia e fez uma arte”. Na gastronomia existem muitos tipos de servir e formas de apresentação, mas acredito que todas tem seu espaço, seu objetivo, e atenda as expectativas do gosto do cliente. Com meus 15 anos de experiência nessa área, já atuei em diversos hotéis a nível nacional & Internacional, sempre atribuindo valores e cores em meu buffet, atuo na área de garde manager, e sempre me atualizo para melhor compor minhas artes gastronômicas e atendendo sempre o cuidado em trazer através da minha arte, uma memória afetiva entre cozinha e hóspedes. E posso afirmar que uma composição bem feita de esculturas em frutas e legumes jamais será esquecida.

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Arte do Garde Manger que o Chef Fábio Henrique preparou no Serhs Natal Resort – Foto – Divulgaçãoi

As pessoas não irão se lembrar da cor da toalha ou do tipo de flor, mas se algo lhe chamar a atenção, aí sim será inesquecível. Concordo que às vezes alguns só fazem uns cortes nas frutas e expõe no meio dos pratos, sem o capricho necessário e sem harmonia com o evento. Mas infelizmente isso ocorre em todos os segmentos. A resistência por essa arte existe, e, sempre irá existir, mas vejo um lado bom nisso, nós profissionais escultores temos uma habilidade de uma pequena parcela da humanidade. Então subentende-se que nem todos conseguem desenvolvê-la, então fica mais fácil julgá-la. Infelizmente na gastronomia sempre falta uma pitada de ética e respeito entre os profissionais da mesma área, e uma dose de tolerância para aqueles defendem o gosto como “seu” e não do cliente.

E mais, não é intitulando um empratado com nome impossível de decifrar, e até mesmo difícil de falar, que a alta gastronomia esmagará a simplicidade de uma entrada servida a vontade no fogão de lenha. Cada um tem seu devido lugar. O mesmo acontece com a decoração, seja; clean, clássica, rústica, tropical, não importa, basta ter uma dose de bom gosto e bom senso! Sei que o Brasil engatinha ainda na arte em esculpir frutas e legumes, mas estamos caminhando pelo reconhecimento, divulgando, incentivando a pratica, e, aprendendo com os artistas internacionais. O que precisamos é de respeito e valorização, por esse motivo resolvi escrever essa matéria para mostrar que espaço há para todos, basta ter humildade e profissionalismo. Em outros países essa arte milenar é muito mais enaltecida.

*Fábio Henrique é Chef Garde Manger formado em gastronomia pelo Senac e especializado em Garde Manger – Contato – fabiogardemanger@gmail.com

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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