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Encatho traz debate sobre Segurança da Informação na hotelaria

Juarez Tavares, Alexandre Medeiros e Marco Antônio abordaram o tema e questões sobre LGPD

Direto de Florianópolis (SC) – Para discutir a segurança dos dados no setor hoteleiro e de turismo, que é um dos maiores desafios da atualidade, a 35ª edição do Encatho reuniu, na manhã desta quarta-feira, 24 de julho, no Centrosul, em Florianópolis (SC), Juarez Tavares (moderador), CEO da Magia Parks & Resorts; Alexandre Medeiros, Advogado certificado pela IAPP – International Association of Privacy Professional, especializado em defesa cibernética, compliance e gestão de risco; e Marco Antônio, Diretor dos Representantes Estaduais e Municipais na AOPD e Consultor de Segurança da Informação e LGPD, que participaram do painel “Segurança da Informação na Hotelaria em Tempos de LGPD”.

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Os especialistas abordaram o motivo da segurança da informação ser essencial para hotéis, para proteção de dados sensíveis em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e estratégias para minimizar os riscos.

Juarez iniciou as conversas dizendo que o Brasil precisa entrar de vez na questão da LGPD. Para Alexandre Medeiros, a importância da prática e dos procedimentos internos é fundamental para o sucesso dos negócios. Sobre a LGPD, ele disse que “o objetivo da Lei não é impedir o tratamento dos dados pessoais e sim devolver a autoridade desses dados para o titular dos mesmos”, enfatizou. “Controle é a palavra de ordem na LGPD, quem controla e coleta os dados tem que apresentar e cumprir uma série de requisitos que se apresentam na lei”, ele completou.

Encatho traz debate sobre Segurança da Informação na hotelaria
Juarez Tavares, Marco Antônio e Alexandre Medeiros durante o painel “Segurança da Informação na Hotelaria em Tempos de LGPD”, no Encatho – João Bernardes.
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Segundo Marco Antônio, “no passado, o representante comercial era valorado pelo tamanho da sua carteira de cliente, hoje o dado está ‘emprestado’ para o hotel, e ele não pode levar essa base de dados se for trabalhar em um outro hotel, resort ou pousada”, ele exemplificou. “Isso só pode ser feito com a autorização das pessoas envolvidas”, salientou Medeiros.

De acordo com Alexandre,  é preciso que o hotel especifique quais os dados ele precisa captar, “não faz sentido eu coletar dados biométricos, interesses políticos e religiosos, o tamanho da roupa que a pessoa usa”, afirma.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais criou a ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados, ela fiscaliza e aplica sanções, assim como também há a possibilidade de ser feita uma denúncia por parte dos titulares de dados. “Todas as pessoas são titulares de dados, clientes, funcionários, prestadores, crianças”, comentou o advogado.

Marco Antônio trouxe alguns dados para os presentes no painel. Um deles foi que a indústria hoteleira tem 100 vezes mais chances de ser atacada por cibercriminosos do que outros setores, de acordo com uma pesquisa da empresa Verizon. “99% dos ataques cibernéticos na indústria hoteleira em 2018 foram motivados por ganhos financeiros”, ele disse.

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O profissional também compartilhou com o público que, em 2021, a Marriott International sofreu uma violação de dados que expôs as informações de 4,2 milhões de hóspedes. “Assim como a tecnologia evoluiu, o hacker também evoluiu, por isso, a cada dia surge novos métodos de segurança nesse sentido”, concluiu.

A Revista Hotéis é a mídia oficial da 35ª edição do Encatho e fica hospedada no Iate Hotel Florianópolis.

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João Bernardes

João Bernardes é Repórter da Revista Hotéis

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