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FHAN debate mão de obra e mudanças geracionais na hotelaria

Lucila Quintino e Carol Meneses trouxeram suas opiniões sobre o choque de gerações e as mudanças demográficas

Direto de Olinda (PE) – Terminou agora há pouco o painel “Mão de Obra: Mudanças demográficas e choque de gerações: Como reagir?”, que recebeu Lucila Quintino, Diretora Executiva do HotelConsult; e Carol Meneses, Diretora de Estratégia, Gente e Gestão do Grupo Amarante. O painel faz parte da grade de programação do FHAN – Fórum de Hospedagem e Alimentação do Nordeste, que acontece durante a HFN – Hotel & Food Nordeste, no Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda.

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Atualmente, passamos por um turbilhão de desafios em relação à mão de obra. A tecnologia veio para ficar, mas não somos máquinas e sim clientes de vários serviços. Essas foram as palavras de Lucila Quintino no começo de sua apresentação. “Os seres humanos querem mais conexão, mais envolvimento e mais compartilhamento. Qualquer tipo de serviço precisa ter o mínimo de personalização, além de mais autenticidade e que haja um sentido e signficado”, afirmou. Na visão dela, a palavra do século é autenticidade, pois precisamos tratar cada cliente com esse fundamento.

De acordo com o resultado de uma pesquisa do Grupo Gartner, até 2027, 20% das marcas no mundo não usarão Inteligência Artificial. “Os hóspedes não gostam de ser atendidos de uma forma robótica”, disse Lucila.

Turnover e retenção de talentos

No pós-pandemia, houve uma perda de mão de obra hoteleira para outros segmentos. O desafio é atrair bons perfis e reter esses profissionais. “O mercado tem pensado em alternativas, a indústria hoteleira apresenta itens não tão atrativos, principalmente para o público jovem. A base de tudo é a educação, por isso é preciso investir nesse ponto, não tem outro caminho. Dentro das alternativas, uma delas é aproveitar a geração mais velha e madura”, pontuou.

A HotelConsult realizou uma pesquisa com 41 hotéis, com 23 respondentes, entre Gerentes gerais e departamentos de RH, em alguns estados do Nordeste. Foi constatado que a área de maior dificuldade de contratação no hotel é na parte de vagas operacionais. A pesquisa também indicou que 85,7% dos hotéis enfrentam dificuldades na contratação de pessoas mais jovens. “Isso diz muito sobre a educação, pois a realidade é que infelizmente muitos cursos de formação de hotelaria estão fechando no País”, salientou Quintino.

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Desbravador

A maior dificuldade em atrair profissionais jovens foi pela falta de atitude e postura, com 52,4%. Um outro ponto esclarecido na pesquisa, foi que 85,7% dos hotéis recrutam profissionais mais maduros, os chamados 50+, pois são mais responsáveis e tem melhor atitude. “As desvantagens em relação a esse público foram inflexibilidade, novas aprendizagens e falta de motivação. Dentro da nova aprendizagem, entra a questão da tecnologia, pois a pessoa mais velha pode ter mais dificuldade nesse sentido”, ela afirma.

Um dos desafios é justamente a interação de diferentes gerações entre funcionários, por causa dos valores e expectativas diferentes para cada geração. “A pesquisa concluiu que os 50+ ainda são pouco explorados, mas apesar dos desafios, os hotéis mostram abertura, acreditando que há mais vantagens do que desvantagens na contratação deles. Já as vagas de supervisão para o público maduro é algo mais desafiador”, finalizou.

FHAN debate mão de obra e mudanças geracionais na hotelaria
Carol Meneses, Diretora de Estratégia, Gente e Gestão do Grupo Amarante – João Bernardes.
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Trofeu

A explanação de Carol Meneses girou em torno de como está o nível de engajamento das pessoas colaboradoras no Brasil. Para alcançar uma qualiade nesse sentido, o Amarante tem como objetivo ser o maior, melhor e mais sustentável grupo de turismo de lazer do Nordeste. “O nosso propósito é marcar a vida das pessoas, promovendo experiências de descontração e bem-estar”, ela disse. “Restruturamos a área de gestão de pessoas, pois indepedente do cargo e da idade, o colaborador busca um crescimento na empresa, sentir que está sendo ouvido, que sua opinião pode ser útil”, concluiu. Carol ainda comentou que as empresas com mais diversidade aumentam em 15% a sua lucratividade, e que no Grupo Amarante, hoje, 47% dos colaboradores são mulheres e 72% negros.

A Revista Hotéis é Mídia Apoio da HFN e fica hospedada no Novotel Recife Marina para fazer a cobertura desse evento.

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João Bernardes

João Bernardes é Repórter da Revista Hotéis

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