Guto Requena realiza palestra no Design & Technical Summit
Acabou agora há pouco a última palestra “Sobre amor, design e ciborgues”, do arquiteto Guto Requena, no Design & Technical Summit, evento realizado pela AccorHotels nesta terça-feira (28). O impacto das novas tecnologias no design e no nosso modo de viver foram alguns dos tópicos para reflexão.
Requena trouxe a frase “Somos todos ciborgues”, apontando que nossa geração é a única que passou pela migração da era digital e que a tecnologia é capaz de nos levar para outros lugares. “Somos a única geração com pensamento crítico para entender o que era, o que é e o que será”, destaca.
Há 15 anos, o profissional ouve falar sobre “design para experiência”, e afirma que isso é possível quando a pessoa consegue descrever tal experiência já vivida. “O nosso corpo orgânico está se misturando cada vez mais com o químico, ou seja, estamos experimentando na carne o poder tecnológico, por exemplo, em próteses sensoriais”, afirma. Outro dado importante dito pelo palestrante foi de que cerca de 50% do Brasil não tem saneamento básico, mas 70% está conectada à internet.
Experiência hoteleiraDesign & Technical Summit
Segundo o arquiteto, atualmente, a crise da impessoalidade na hotelaria está em alta e, por isso, os empreendimentos estão se reinventando. As novas possibilidades que a hotelaria nos traz acompanham a noção de customização e de personificação tecnológica. “O design permite comunicar valores de uma marca”. A ideia de viver uma experiência natural e orgânica é defendida pelo palestrante, e, aliado a isso, ele conta que sempre busca novidades quando é o hospede, seja no restaurante ou nos bares do empreendimento.
Requena defende que a frase “trocar, conservar e fazer” é uma tríade e que devemos segui-la. Relacionando o assunto com a sustentabilidade, ele aponta que a indústria da pecuária está sendo destruída e revela diversos aspectos do meio ambiente, que estão sendo devastados pelo ser humano.
O profissional finaliza comentando sobre o projeto do design da fachada do WZ Hotel, localizado no Jardins (SP), contendo luzes de led. A obra de arte pública caracteriza os desenhos de acordo com poluição, na qual as cores mudam caso a localização esteja mais ou menos poluída. Também foi implantado um sensor de áudio, fazendo a luz projetada se mexer mais rápido quando o movimento da rua estiver maior, e devagar quando o movimento estiver menor.