Mercado

Hospedagem corporativa em SP dá sinais de recuperação pós Copa

A HVS/HotelInvest acaba de divulgar um levantamento que mostrou o desempenho da hotelaria corporativa na capital paulista. A taxa de ocupação e a demanda dos hotéis em São Paulo registraram em agosto aumento de 3,86% em relação ao mesmo mês do ano passado. Este foi o primeiro mês em que houve crescimento expressivo na demanda, depois de 24 meses seguidos de queda ou pequena oscilação positiva.

Os hotéis praticaram tarifas médias ligeiramente menores que agosto de 2013 (-0,55%), mas o aumento da taxa de ocupação compensou essa redução e fez com que o RevPAR subisse 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados reverteram a tendência de queda na ocupação do setor hoteleiro da capital paulista, impactado negativamente pela Copa do Mundo.

Entre abril e julho, São Paulo apresentou um dos piores índices entre as seis capitais acompanhadas pela HVS/HotelInvest. A demanda induzida pela Copa do Mundo não foi suficiente para compensar o adiamento dos eventos corporativos e a consequente queda do público de negócios. Isso fez com que a ocupação caísse 2,8%. “Como a capital paulista tem o maior número de UHs (unidades habitacionais) dos mercados analisados, foi a cidade-sede com a ocupação mais baixa durante a Copa do Mundo, mesmo tendo vendido a maior quantidade de pernoites”, afirma Karen Mariano, analista da HVS/HotelInvest.

As perspectivas para o segundo semestre são de um mercado mais aquecido na capital paulista, apesar de a economia continuar em processo de desaceleração. Nos últimos dois anos foram registradas quedas sucessivas na demanda por quartos (2,3% em 2013 e 4,6% em 2012). A taxa de ocupação em 2013 foi 2,9% menor que em 2012. Apesar de a oferta ter se mantido estável, não houve espaço para aumentos significativos nas diárias devido à estagnação econômica.

No acumulado dos oito primeiros meses de 2014, a tendência de queda na taxa de ocupação se manteve (-2,4%). Porém, com a reversão apresentada em agosto e a possibilidade de manutenção de crescimento nos próximos meses, é possível que a ocupação feche o ano estável e com um aumento de diária média em linha com a inflação. “Há uma expectativa de que não ocorram novas quedas de demanda no acumulado de setembro a dezembro, a não ser que um novo fato negativo surja”, afirma Pedro Cypriano, gerente da HVS/HotelInvest.

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