Liderança Transformacional é tema de painel no LASOS
Painel contou com a moderação de Ana Laura Acevedo e convidados importantes para debater o tema
Continuando a grade de conteúdo do LASOS – The Latin American Shared Ownership Summit, principal evento de propriedade compartilhada da América Latina, promovido pela RCI, e que neste ano acontece no hotel Nacional, no Rio de Janeiro, terminou agora há pouco, nesta quarta-feira, 8 de outubro, o painel “Liderança Transformacional”, que teve Ana Laura Acevedo, Vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios da RCI América Latina e Caribe, como moderadora; Alessandro Cunha, CEO da Aviva; Lizete Ribeiro, CEO do Grupo Tauá Hotéis e Resorts; Gerardo Rioseco, Chefe Loyalty Officer do Grupo Posadas; e Fedérico Sánchez, CEO do Bahia Manzano.
Ana Laura inciou o painel comentando que hoje, muitas vezes os funcionários não pedem demissão por causa das empresas, e sim pela pessoa que a liderou. Lizete Ribeiro passou por todos os tipos de liderança, desde o jeito autoritário com o ‘soco na mesa’ até as mudanças que ocorreram atualmente nesse quesito. “Aprendemos com as dificuldades, analisando o que dá certo e o que não dá. Precisamos fazer com que as pessoas sejam participativas no processo, esse é um dos meus papéis como líder. Engajar e inspirar para que passem a fazer parte do nosso processo interno”, ela afirma.
Já Gerardo Rioseco, agregou um elemento a mais que é o propósito. “Também a comunidade, o meio ambiente e os colaboradores são muito importantes, se não tivermos empatia, não vai funcionar. Somos uma empresa que toca na vida das pessoas. A evolução na liderança está sendo mais rápida, as mudanças culturais e de geração acontecem cada vez mais rápidas, e isso reflete nas empresas. Hoje, por exemplo, há quatro gerações convivendo nas empresas ao mesmo tempo. Isso requer uma mudança de mindset”, disse.
Fedérico Sánchez também concorda que uma das chaves das empresas para os líderes é justamente o propósito, para redefenir a missão. “A mudança é feita todos os dias. Temos uma visão 360 de como queremos ser competitivos. Na indústria da hospitalidade, é importante ter um propósito. Na Argentina, onde as mudanças são rápidas, sinto que precisamos continuar motivando e inspirando as gerações”, ele completa. “A Aviva tem uma cultura que molda a gestão e a liderança. Nosso propósito é fazer famílias felizes, sendo hospitaleiros, alegres, entendendo que as pessoas tem visões diferentes. Sempre temos uma visão de futuro, olhamos cinco anos à frente, o que é importante para engajar liderança”, contou Alessandro Cunha. Ele ainda disse que é preciso incentivar sempre a inovação e as melhorias, premiando os colaboradores que mais inovam. Todos os colaboradores da Aviva são avaliados, através da cultura da empresa e da competência. Hoje há no mercado de time share muitas pessoas que passaram pela Aviva, justamente por essa nossa cultura”, lembrou.
No Tauá Hotéis e Resorts, parte do sucesso é a mistura da diversidade. Lizete contou que eles apostam na contratação de pessoas idosas, e têm como meta ter 5% do quadro de funcionários formado por pessoas idosas, para haver a troca de experiências entre pessoas de diferentes gerações. “O nosso objetivo é fazer nossos ‘emocionadores’ felizes. Passamos uma segurança para os nossos funcionários, independente da idade, isso é muito poderoso. Se o colaborador está feliz, o hóspede estará feliz. O líder tem que vender o sonho e a visão de futuro”, afirmou. “O colaborador tem que se sentir a vontade para ser ele mesmo. Temos um Comitê de Ética que faz uma avaliação, inclusive tendo tolerância zero na questão de assédios. Criamos a liderança por projetos, independente do cargo, focamos na competência do colaborador. Não usamos a promoção por tempo de casa, por exemplo”, ressalta.
O CEO do Bahia Manzano prefere que a cultura que forma a equipe de trabalho vá absorvendo a necessidade das pessoas. “Isso abre um espaço dentro da organização para que todos se sintam confortáveis. Todos tem que olhar para o mesmo objetivo, com processo de inovação e evolução constantes”, disse Fedérico. “Precisamos ter um propósito comum e as regras precisam ser definidas para cada líder de trabalho, com a descentralização das decisões. Tem que haver uma mudança de como o colaborador se enxerga dentro da empresa no futuro. Como líderes, precisamos ser mais inteligentes para que ele consiga isso”, afirma Rioseco.
Falando sobre como enxerga a questão da liderança daqui há três anos, Fedérico disse que as equipes de colaboradores vão querer pertencer as empresas. Mesmo com o acesso à Inteligência Artificial, isso não vai impedir que as pessoas tenham esse sentimento de pertencimento. Para Alessandro Cunha, é fundamental empoderar as pessoas com as melhores ferramentas e entender os anseios dos colaboradores para haver um futuro melhor. “Tem gente que não quer ser líder. Já as que querem ser, o nosso papel é fomentar e oferecer ferramentas para que elas possam se desenvolver como um líder positivo”, assegurou. “O papel do líder é também aumentar o seu repertório. No Tauá, temos a visão de que tudo pode melhorar, isso instiga as pessoas a estudarem e a aumentarem o seu próprio repertório. Eu vejo pouca liderança buscando isso, mas temos que evoluir, pois as oportunidades surgem a todo instante”, concluiu.
A Revista Hotéis é Midia Apoio do LASOS e a reportagem viaja ao Rio de Janeiro para cobrir esse evento e se hospeda no hotel Nacional em São Conrado.