Panorama da Hotelaria Brasileira é abordada no FNH
Cristiano Vasques apresentou os destaques do tema no VI Fórum Nacional de Hotelaria
Cristiano Vasques, Sócio-diretor HotelInvest, apresentou a palestra “Panorama da Hotelaria Brasileira 2024/25: Tendências, análises e oportunidades”, agora há pouco durante o Fórum Nacional de Hotelaria, realizado pelo FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil nesta segunda-feira (16), no Rosewood São Paulo, na capital paulista.
Vasques coordena a área de consultoria turístico-hoteleira da HotelInvest, conduzindo estudos de mercado, análises de viabilidade econômico-financeira de hotéis, processos de seleção de operadora, negociação contratual e estudos setoriais e estratégicos para o mercado turístico-imobiliário.
Ele iniciou a palestra fazendo dois anúncios: o primeiro foi a comemoração de 25 anos da HotelInvest em 2024. “A segunda novidade que quero compartilhar com vocês é que estamos fazendo uma atualização trimestral do mercado hoteleiro no Brasil, que fica disponível através de uma ferramenta de Power BI”, disse. Um QR Code no telão foi disponibilizado para que os presentes na palestra pudessem acessar o conteúdo.
O Sócio-diretor comentou que a ocupação hoteleira no Brasil está estagnada desde meados de 2022, além de pontuar alguns aspectos econômicos. “Hoje o grande problema é dívida e juros, além de uma situação política que tornam as coisas mais difíceis para cortar custos. Existem alguns fatores que podem nos fazer acreditar no futuro da economia e trazer benefícios. Algum crescimento econômico devemos ter nos próximos anos”, ressaltou.
A palestra trouxe dados sobre ocupação hoteleira, mostrando que no primeiro trimestre de 2024, a queda foi de 5%. Já no segundo trimestre, houve um crescimento de 3%. “A taxa de ocupação de Porto Alegre caiu devido às tragédias climáticas no Rio Grande do Sul. Outro ponto que destaco é que março de 2023 foi um mês brilhante para São Paulo, já o mesmo mês em 2024 foi mais “normal” para a capital paulista. Nas cidades analisdas, os níveis de ocupação não são de teto sazonal, existe espaço para crescimento na ocupação hoteleira nas principais cidades do País”, ele salientou.
Analisando a diária, o primeiro trimestre obteve crescimento nesse quesito, pois ela cresceu em todas as cidades estudadas, já no segundo trimestre deste ano, cresceu ainda mais, 8%. Um fato inédito foi que a diária média de Brasília foi maior que a do Rio de Janeiro. “Em termos de RevPar, o primeiro trimestre de 2024 está basicamente estabilizado, com 11% acima da inflação. Já no segundo trimestre observamos um belo salto, se não fosse Porto Alegre, teríamos um crescimento ainda maior”, disse Vasques. Ele ainda lembrou que o turismo de lazer foi um pouco prejudicado no Rio de Janeiro, pois muitas pessoas preferiram viajar para o exterior. “A ocupação está estagnada há um ano e meio, no mesmo patamar de 2019. A diária vem seguidamente subindo, mesmo com momentos de estabilização. Vamos entrar no segundo semestre de 2024 e a tendência é o crescimento nas diárias, muito pelo calendário de eventos”, afirmou.
Vasques fez questão de informar que, “de hoje até daqui há quatro anos, teremos de quatro a cinco mil quartos de hotel entrando no mercado nacional. Isso significa 1% ou menos de oferta por ano, é um crescimento muito pequeno. Estamos num momento de reestruturação, teremos mais crescimento de demanda do que de oferta até 2028”, concluiu.
Para 2025, ele afirmou que haverá uma pequena queda dos lucros por causa da saída do PERSE. “Os projetos estão começando a bater na porta de todos, o desenvolvimento imobiliário residencial será muito importante. Falando de orçamento, acredito em um leve viés de alta e um crescimento de diária real acima da inflação”, finalizou.
