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Temporada de Cruzeiros 23/24 foi a melhor dos últimos 10 anos

O impacto de mais de R$ 5,2 bilhões na economia brasileira, é o maior da série histórica, iniciada no ano de 2013

Conhecer os destinos no Brasil chegando pelo mar tem atraído cada vez mais viajantes. É o que aponta o resultado da temporada de cruzeiros 2023/2024, que registrou o maior impacto na economia brasileira nos últimos 10 anos. O incremento foi de R$ 5,2 bilhões e corresponde ao total movimentado pelos turistas e companhias marítimas no período. O valor representa um aumento de 126% comparado à temporada 2013/2014, início da série histórica e quando foram arrecadados R$ 2,3 bilhões.

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Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28.08), durante o 6º Fórum CLIA Brasil, que acontece em Brasília (DF). Ao participar da abertura do evento, o ministro do Turismo, Celso Sabino, comentou o crescente vigor da indústria de cruzeiros no Brasil. “Os números mostram a importância desse segmento não apenas para a economia nacional, mas no desenvolvimento das cidades litorâneas, onde o turismo marítimo tem gerado oportunidades de negócios e empregos para toda cadeia do turismo”, afirmou. E ressaltou o trabalho conjunto do governo e iniciativa privada para impulsionar o setor. “O governo brasileiro tem trabalhado para melhorar o ambiente de negócios e a atratividade de cruzeiros para esse nosso paraíso que se chama Brasil. A costa do nordeste, as praias do sul, a Amazônia Azul e a Amazônia Verde merecem ser visitadas pelo mundo e, para isso, temos que aperfeiçoar essa parceria e a relação entre o público e o privado, com investimentos em promoção dos nossos destinos”, complementou Sabino.

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A temporada de cabotagem, que são navios que partem e voltam para portos brasileiros, contou com nove navios operando em 19 cidades brasileiras e também na América do Sul. Foram gerados 80.311 postos de trabalho, diretos, indiretos e induzidos, um avanço de 0,9% em relação à temporada anterior. O crescimento econômico também foi acompanhado pelo aumento de cruzeiristas que passaram pelo litoral brasileiro. Foram 844.462 viajantes – o maior número registrado nos últimos 20 anos.

O bom impacto do segmento no período se reflete também em oportunidades para os locais que receberam turistas que desembarcaram dos navios. Onde houve parada, o impacto econômico médio de cada pessoa foi de R$ 668,91 e nos lugares de embarque e desembarque, chegou a R$ 877,01.

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Segundo o “Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil”, realizado pela CLIA Brasil em parceria com a FGV – Fundação Getúlio Vargas, a cada R$ 1 investido no setor foi gerado um movimento de R$ 4,22. “Com mais leitos, roteiros diversificados e eficiência operacional recorde, a temporada 2023/2024 destacou a força do setor no Brasil. Temos que apostar em mais competitividade, buscando melhorias em temas como infraestrutura, custos, segurança pública, regulação e desenvolvimento de novos destinos, além de estarmos preparados para receber os novos navios, não apenas os maiores, mas também os mais tecnológicos e sustentáveis”, afirmou o presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz.

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A maioria das pessoas que optaram pelos cruzeiros devem voltar a fazer novas viagens. Segundo o levantamento da CLIA, quase 92% dos entrevistados pretendem viajar de navio novamente e 87% afirmam querer retornar a destinos visitados durante a rota marítima. Além disso, 78% dos passageiros desembarcaram em pelo menos uma parada do roteiro. Em termos de frequência, 66,1% realizavam sua primeira experiência nesse meio de transporte e os 33,9% restantes já haviam testado o meio de transporte anteriormente, com média de quatro percursos.

Entre os destinos preferidos no Brasil, 66,2% citaram o litoral do Nordeste. No que diz respeito ao perfil demográfico, 60,8% dos cruzeiristas são mulheres e 61,4% são casados ou vivem em união estável. A maioria viaja acompanhada (98,9%), principalmente por filhos e parentes (51,9%), cônjuges (24,7%) e amigos (19,5%).

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A temporada de cruzeiros 2024/2025, que vai de outubro e maio, deverá contar com 45 navios navegando em águas brasileiras. Serão mais de 861 mil leitos ofertados, com previsão de impacto econômico em torno de R$ 5,3 bilhões. No roteiro, mais de 700 escalas serão feitas em cerca de 40 cidades brasileiras que vão receber esses cruzeiristas, dando a eles oportunidade de conhecerem um pouco dos destinos litorâneos nacionais. São esperados, ainda, a geração de 81 mil empregos.

Destaque

Pela terceira vez seguida, o Brasil foi eleito o melhor destino para cruzeiros da América do Sul pelo prêmio WTA – World Travel Awards. A honraria, considerada o “Oscar do Turismo”, contempla os destinos que se destacaram e são considerados referência no setor. Os vencedores são eleitos por votação online no site da WTA.

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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